quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Ilha das Almas Selvagens
Direção: Erle C. Kenton
Ano: 1932


Elenco: 
  Charles Laughton, Bela Lugosi, Richard Arlen e outros

Sinopse:

Edward Parker viu seu navio naufragar e acabou sendo socorrido pela tripulação de um cargueiro que levava animais a uma distante ilha no Pacífico Sul. A bordo do navio estavam um médico e o Dr. Moreau, que, escondido da civilização, realiza experimentos sobre a evolução das espécies, transformando animais em quase- homens. Edward vai parar naquela ilha, e terá seus valores éticos questionados ao ver as bizarras experiências de Moreau.

Considerações:

Curto, objetivo e muito bom. A Ilha das Almas Selvagens é um filme que agrada bastante, claro que têm suas limitações devido à época que foi feito, mas no geral desenvolve uma boa história, baseada em uma história de H. G. Wells.

A falta de recurso não impossibilitou o diretor Erle C. Kenton de criar essa pérola que mesmo sendo assistida 85 anos depois, o envelhecimento não fica tão evidente. Todo o elenco está muito bem, destaque para Charles Laughton e o ícone Bela Lugosi que aqui está irreconhecível.

Em relação a adaptação ser fiel ou não, aí já fica difícil comentar, pois o livro não cheguei a ler, mas após o filme, me deu vontade de pegar para ler e até mesmo assistir as outras adaptações.


Nota: 4/5

Trailer:


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A Qualquer Custo
Direção: David Mackenzie
Ano: 2016


Elenco: 
  Chris Pine, Ben Foster, Jeff Bridges e outros

Sinopse:

Dois irmãos, um ex-presidiário e um pai divorciado com dois filhos, perderam a fazenda da família em West Texas e decidem assaltar um banco como uma chance de se restabelecerem financeiramente. Só que no caminho, a dupla se cruza com um delegado, que tudo fará para capturá-los.

Considerações:

Ao ler a sinopse, logo lhe faz pensar que será contemplado com algo bem clichê e sem muita coisa boa, mas felizmente A Qualquer Custo surpreende bastante, com um enredo bem simples, mas da maneira que é executado e desenvolvido, tudo fica bastante eficaz.

Todos os personagens do elenco principal, todos muito bem interpretados, têm espaço para se desenvolver e estimular o carisma no espectador. Certa hora você não sabe se fica a favor dos “bandidos” ou do “mocinho”.

Na realidade a ideia do filme não é mostrar um quase faroeste com diversas cenas de ação envolvendo trocas de tiros e perseguições, mas sim fazer uma crítica, de maneira bem sutil, que na maioria das vezes os “bandidos” são os engravatados.

Um ponto que também agrada bastante é a trilha sonora usada acertadamente em cada cena.


Nota: 3/5

Trailer:


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Homem-Animal - O Significado da Carne
 

Roteiro: Tom Veitch  
Arte: Steve Dillon e outros
Ano: 2016

Sinopse:

Com o passado de super-herói sendo uma lembrança distante, a luta de Buddy Baker agora é contra o dia a dia, e o Homem-Animal passou a ser o seu maior inimigo!

Com uma terrível sequência de acontecimentos, Buddy conseguiu afastar de uma só vez os amigos e família. Até Cliff, seu filho, fugiu de casa devido à ausência paterna. A falta de perspectiva na vida do homem com poderes animais fez com que Ellen Baker fosse atrás de sustento, retomando o trabalho de freelancer. E ela encontrou abrigo na indústria dos quadrinhos junto a um editor com um gosto pouco convencional.

Enquanto isso, Travis mergulha no ciberespaço e esbarra em atividades muito suspeitas dentro dos Laboratórios da STAR. Como se tudo isso não bastasse, outra ameaça muito mais sombria se aproxima, e ela pode trazer consigo a destruição do mundo!

Este encadernado é o quarto que republica a fase do HOMEM-ANIMAL pós-Grant Morrison e conclui a fase de Tom Veitch ao lado do talentoso Steve Dillon e com a companhia de Steve Pugh.

Considerações:

Admiro a Panini por lançar essas fases do Homem-Animal, aquele herói bastante esquecido, mas sempre gostoso de se ler e acompanhar, com exceção dessa fase que se conclui aqui. Tom Veitch deixa muito a desejar, história cheias de pontas soltas, inconclusivos em diversos momentos e um enredo que não te leva para lugar nenhum. Em alguns momentos parece que ele quer ser um Grant Morrison, mas está longe disso. Como no encadernado anterior, o ponto alto dessa publicação são as capas do Brian Bolland.

Nota: 6.5/10
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Manchester à Beira-Mar
Direção: Kenneth Lonergan
Ano: 2016


Elenco: 
 Casey Affleck, Michelle Williams, Kyle Chandler e outros

Sinopse:

Lee Chandler é uma espécie de faz-tudo do pequeno complexo de apartamento onde vive, no subúrbio de Boston. Ele passa seus dias tirando neve das portas, consertando vazamentos e fazendo o possível para ignorar a conversa de seus vizinhos. Em suas noites vazias, Lee bebe cerveja no bar local e arruma confusão com qualquer um que lhe lançar um olhar. Quando seu irmão mais velho morre, ele recebe a desagradável surpresa de sua nomeação como tutor de seu sobrinho. De volta à sua cidade natal, ele terá que lidar com memórias queridas e dolorosas.

Considerações:

Manchester à Beira-Mar é um filme duríssimo de digerir, dirigido por Kenneth Lonergan, diretor não tão conhecido assim, ainda tem um elenco sem grandes medalhões, mas nada que isso influencia no resultado no final.

A história nos remete a diversos momentos de frieza conforme o enredo vá se desenvolvendo. O personagem principal, interpretado por Casey Affleck, vive uma vida já sem objetivo nenhum e gradativamente que os eventos vão sendo jogados na tela, fica impossível o espectador não se correr, não ficar sentido, até mesmo chorar. Sem contar a trilha sonora que é bastante melancólica e deixa cada cena ainda mais difícil de se degustar.

O filme nos faz pensar bastante como lidamos em relação ao luto, te faz sofrer, lhe deixando aquela sensação que no final algo pode melhorar, mas não é bem assim que acontece, não vá achando algo do tipo.

Todo o elenco está muito bem, mas Casey rouba a cena, não ficaria surpresa se ganhasse o Oscar.

Enfim, Manchester à Beira-Mar é um daqueles filmes que nos dá um soco no estômago e nos faz refletir sobre a vida, principalmente para quem já passou por um luto forte.

Nota: 4/5

Trailer:


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

La La Land - Cantando Estações
Direção: Damien Chazelle
Ano: 2016


Elenco: 
 Ryan Gosling, Emma Stone, Rosemarie DeWitt e outros

Sinopse:

Ao chegar em Los Angeles, o pianista de jazz Sebastian conhece a atriz iniciante Mia e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo.

Considerações:

La La Land é um daqueles filmes que você elogia no diminutivo: lindinho, bonitinho, fofinho e por aí vai, não que essa forma de expressar desmereça ao filme, mas tudo é visualmente deslumbrante que fascina o espectador.

Musical nunca foi muito a minha praia, mas devido aos atores principais aqui com suas atuações bastante carismáticas, acabei me divertindo bastante. 

Damien Chazelle acertou bastante nas cenas, principalmente durantes os musicais, tudo bem construído, muito belo e cheio de cores maravilhosas.

Em relação as inúmeras indicações ao Oscar, não entendi muito bem, pois o filme realmente é bom, mas está ocorrendo uma hype exagerada em relação a isso, continuo na torcida por Moonlight.


Nota: 3/5

Trailer:


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Um Limite Entre Nós
Direção: Denzel Washington
Ano: 2016


Elenco: 
 Denzel Washington, Viola Davis, Stephen Henderson e outros

Sinopse:

Baseado na aclamada e premiada peça teatral homônima, um jogador de beisebol aposentado (Denzel Washington), que sonhava em se tornar um grande jogador durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele terá de navegar pelas complicadas águas de seu relacionamento com a esposa (Viola Davis), o filho e os amigos.

Considerações:

Está afim de um ótimo drama repleto de excelentes diálogos e grandes atuações? Um Limite Entre Nós é a pedida ideal.

Dirigido por Denzel Washington, que também é o ator principal, o filme nos mostra uma boa adaptação de uma peça teatral. Se passando praticamente no mesmo cenário, o longa procura dar mais ênfase ao roteiro, onde todos os diálogos são acima da média, utilizando cada cena com o elenco coadjuvante para desenvolver o personagem central da trama.

Muito se ler por aí em relação a estupenda interpretação da Viola Davis, mas Denzel Washington não está muito para trás, de repente até mesmo melhor que a atriz, sem dúvidas é uma das melhores interpretações do ator.

Um ponto negativo é em relação a duração e o que o filme nos mostra, algumas coisas poderiam ser lapidadas, juntamente de uma maior dinamização do desenvolvimento do roteiro.

Nota: 4/5

Trailer:


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A Chegada
Direção: Denis Villeneuve
Ano: 2016


Elenco: 
 Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker e outros

Sinopse:

Quando seres interplanetários deixam marcas na Terra, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto, é procurada por militares para traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou não. No entanto, a resposta para todas as perguntas e mistérios pode ameaçar a vida de Louise e a existência de toda a humanidade.

Considerações:

A Chegada é um filme com uma premissa já bastante conhecida e saturada, mas que têm um desenvolvimento totalmente diferente em relação a outros filmes do tipo dentro da ficção científica.

Uma das primeiras coisas que já nos deixa logo de queixo caído é a fotografia, que a cada quadro se mostra cada vez mais maravilhosa. O elenco está bem de acordo com o que o longa pede, mas Amy Adams se supera, ela sozinha é praticamente o pilar de todo o filme, sua atuação está claramente acima da média, infelizmente não lhe rendeu indicação ao Oscar.

O ponto que Denis Villeneuve mais acertou foi em trabalhar a ideia não em cima da invasão e sim da humanidade, como as nações se comportariam entre si perante tal situação, também nos mostrou como é a importante a comunicação entre os povos.

No geral, A Chegada não é daquelas ficções cheia de entrelinhas, tem o desfecho bem explicado, final que muitos podem achar acabar pensando que o diretor duvidou da inteligência do espectador, claro que certas coisas você só percebe assistindo pela segunda vez ou apelando para uma análise mais apurada do filme.

Nota: 4/5

Trailer:


Homem Animal - O Senhor dos Lobos
 

Roteiro: Tom Veitch  
Arte: Steve Dillon e outros
Ano: 2016

Sinopse:

Buddy Baker costumava ser o homem com poderes animais, pelo menos enquanto conseguia controlar seus dons mais do que especiais. Até o dia em que tudo mudou e ele passou a ter problemas: animais começaram a morrer por conta de suas habilidades. A conexão com o campo morfogênico está passando por mudanças, e Buddy vai precisar de ajuda pra lidar com a nova realidade – estranhas figuras já o espreitam a partir das sombras.

Como se isso não bastasse, essa instabilidade passou a afetar Maxine, sua filha, o que deixou Ellen – a esposa – extremamente preocupada e propensa a sair de casa.

As coisas nunca foram fáceis, mas esse desafio promete ser o maior até agora na vida do Homem-Animal! Este encadernado é o terceiro que republica a fase do HOMEM-ANIMAL pós-Grant Morrison e é encabeçado por Tom Veitch, ao lado do talentoso Steve Dillon e com a ajuda de Tom Mandrake, Dick Giordano, David Klein e Brett Ewins.

Considerações:

Fica muito claro a queda de rendimento após a fase de Grant Morrison. Tom Veitch tenta fazer algo semelhante a fase anterior, mas acaba se perdendo muito. É um excesso de segmentações sem conclusões que a história têm e que no final só serve para enrolar ainda mais o leitor.

Nota: 6.5/10
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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Moonlight - Sob a Luz do Luar
Direção: Barry Jenkins
Ano: 2016


Elenco: 
 Mahershala Ali, Shariff Earp, Duan Sanderson e outros

Sinopse:

Black (Trevante Rhodes) trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso.

Considerações:

Moonlight é a prova que para fazer um excelente filme não é preciso um orçamento astronômico, elenco renomado e diretores conceituados, mas sim uma ótima história, bem amarrada e desenvolvida. Barry Jenkins é o diretor dessa obra prima que nos remete a diversas reflexões.

Dividido em três atos cronológicos, Moonlight se mostra um filme que ao mesmo tempo nos emociona, nos deixa apreensivo e, principalmente, nos faz refletir sobre assuntos pertinentes perante a sociedade.

A trilha sonora casa perfeitamente com cada cena. Cenas muito bem interpretadas pelo elenco que só faz dizer elogios, principalmente nos momentos de silêncio, onde apenas um olhar vale mais de mil palavras.

Ainda não assisti os outros filmes indicados ao Oscar, mas se Moonlight ganhasse, não me seria estranho e ao mesmo tempo ficaria satisfeito.

Nota: 5/5

Trailer:


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Salem - 3ª Temporada
Direção: Nick Copus, Tim Andrew e Wayne Yip 


Elenco: 
Janet Montgomery, Shane West, Seth Gabel e outros

Sinopse:

Situada em uma Massachusetts colonial do século 17, Salem traz para você a história por trás dos infames julgamentos de bruxas. A Salem Vila e a Salem Cidade rivalizaram sobre a propriedade e arranharam direitos. O governo foi dominado por líderes puritanos. Pessoas foram investigadas e isso resultou em discórdia. Eles estavam com medo de serem perseguidos por qualquer coisa que pudesse ofender a mentalidade puritana. A palavra "bruxa" parecia uma maldição fácil e adequada de ser lançada em alguém que se comportasse de forma incomum.
E a terceira temporada amanhece com o triunfo do plano das bruxas em refazer o Novo Mundo, trazendo o diabo à Terra e tornando Salem sua capital. Mas ele é dissimulado e possui seus próprios objetivos, de trazer nada além de morte e escravidão, assim levando a humanidade a sua autodestruição. E só há uma pessoa no mundo que pode subjugar o demônio - a mesma bruxa que o concebeu. O único problema é, Mary Sibley está ou não morta?

Considerações:

Terceira e última temporada de Salem, uma série que coloquei muita fé após a primeira temporada, mas depois deixou um pouco a desejar.

Essa última temporada não foi ruim, seguiu o mesmo ritmo da anterior, com bons episódios, infelizmente pouquíssimos episódios sejam bastante acima da média. O engraçado que o series finale consegue agradar muita gente e ao mesmo tempo desagradar, sem contar que ainda deixa uma leve ponta para uma possível próxima temporada, a qual muitos sonham.

No geral, Salem me agradou bastante, mas não conseguiu passar de uma boa série.

Nota: 3/5

Trailer:


Créditos: serieswithlove.com
What Lives in the Woods
 

Roteiro: Joe Ruff 
Arte: Joe Ruff 
Ano: 2017

Sinopse:

Um garoto de 8 anos está desaparecido. Enquanto sua mãe procura respostas, as pessoas na cidade falam de um antigo mal que há muito tempo dizia que vagavam pelos bosques.

Considerações:

Bem simples e objetivo. What Lives In The Woods nos conta uma boa história em poucas páginas e com uma arte bem que combina bem com o quadrinhos. Como é uma edição apenas, não se pode falar muito, para não soltar spoiler.

Nota: 8.5/10